
Introdução: A Montanha-Russa Emocional da Mãe que Estuda
Conciliar a maternidade com os estudos é uma jornada repleta de desafios únicos, uma verdadeira montanha-russa emocional que oscila entre a euforia das pequenas conquistas acadêmicas e a pressão esmagadora das responsabilidades diárias. Para muitas mães, essa dupla jornada se traduz em uma constante batalha interna, onde a culpa por não “dar conta de tudo” compete com o desejo legítimo de crescimento pessoal e profissional. A pressão social, as expectativas internalizadas e a sobrecarga física e mental criam um terreno fértil para problemas de saúde mental, um tema muitas vezes negligenciado em meio à idealização da figura materna.
Uma pesquisa recente da plataforma De Mãe em Mãe revelou um dado alarmante: 66% das mães brasileiras classificam sua saúde mental como péssima, ruim ou regular. A culpa por não conseguir atender a todas as demandas surge como um dos sentimentos mais presentes. Este cenário se intensifica para as mães que decidem retomar ou iniciar os estudos, adicionando mais uma camada de complexidade e exigência a uma rotina já sobrecarregada.
Este artigo é um guia definitivo, um espaço de acolhimento e estratégia, dedicado a você, mãe estudante. Vamos mergulhar fundo nas raízes da culpa materna, desconstruir mitos, entender os sinais de esgotamento e, o mais importante, apresentar caminhos práticos e realistas para equilibrar suas realizações acadêmicas com o bem-estar mental. Porque cuidar da sua saúde mental não é um luxo, mas uma necessidade fundamental para que você possa florescer em todos os seus papéis, sem se perder no processo.
Desconstruindo o Mito da “Supermãe”: A Tirania da Perfeição
A sociedade, muitas vezes, nos apresenta um ideal inatingível: a “Supermãe”. Aquela figura mítica que jongla carreira, estudos, filhos, casa e vida social com um sorriso impecável, sem jamais demonstrar cansaço ou falhar. Essa imagem, perpetuada pela mídia, redes sociais e até mesmo por conversas familiares, cria uma pressão imensa sobre as mulheres, especialmente sobre aquelas que ousam adicionar mais um prato a esse malabarismo: os estudos.
Essa idealização ignora a realidade crua da maternidade e da vida acadêmica. Ignora as noites mal dormidas, as interrupções constantes, a carga mental de gerenciar múltiplas agendas, as dúvidas sobre as próprias capacidades e, claro, a culpa. A busca incessante por essa perfeição inexistente é uma das principais fontes de ansiedade e frustração para mães estudantes.
Como destaca a psicóloga Aline Agustinho da Silva, professora do UNICEPLAC, “O ideal inalcançável de ‘dar conta de tudo’ apenas gera sobrecarga e sensação de insuficiência. Aceitar a própria humanidade é um caminho mais coerente e saudável.” Reconhecer que você não é uma super-heroína, mas uma pessoa real com limites, necessidades e emoções, é o primeiro passo libertador. A maternidade real, assim como a jornada acadêmica, é feita de altos e baixos, de acertos e erros, de dias produtivos e dias em que apenas sobreviver já é uma vitória.
Abandonar a capa da Supermãe não significa desistir ou ser menos dedicada. Pelo contrário, significa abraçar sua vulnerabilidade como força, permitindo-se pedir ajuda, delegar tarefas e, principalmente, ser gentil consigo mesma. É nesse espaço de autenticidade que o verdadeiro equilíbrio começa a florescer.
A Ciência por Trás da Culpa Materna: Por Que nos Sentimos Assim?
A culpa materna não é apenas um sentimento vago; ela tem raízes profundas em fatores biológicos, psicológicos e sociais. Entender sua origem pode ajudar a diminuir seu poder sobre nós.
Fatores Biológicos: A ocitocina, hormônio liberado durante o parto e a amamentação, fortalece o vínculo mãe-bebê, mas também pode intensificar a ansiedade de separação e a preocupação constante com o bem-estar do filho. Qualquer atividade que tire o foco dessa atenção primária, como estudar, pode ativar gatilhos de culpa.
Fatores Psicológicos: Expectativas internalizadas desde a infância sobre o papel “ideal” da mãe, comparação com outras mães (muitas vezes baseada em recortes irreais das redes sociais) e a própria autocrítica podem alimentar a culpa. A sensação de estar dividida entre as necessidades dos filhos e as próprias aspirações acadêmicas gera um conflito interno doloroso.
Fatores Sociais: A sociedade ainda impõe, de forma sutil ou explícita, que a mãe deve ser a principal cuidadora, sacrificando suas próprias necessidades em prol dos filhos. Comentários como “Mas quem vai cuidar das crianças?” ou “Você não acha que está se sobrecarregando?” reforçam essa pressão e validam a culpa que a mãe já sente.
Para a mãe estudante, a culpa se manifesta de formas específicas:
•Culpa por estudar: Sentir que está “roubando” tempo dos filhos para se dedicar aos livros.
•Culpa por não estudar o suficiente: Sentir que não está aproveitando o tempo de estudo como deveria devido às interrupções ou cansaço.
•Culpa pelo desempenho: Sentir que não está sendo nem uma mãe “boa o suficiente” nem uma estudante “boa o suficiente”.
•Culpa por desejar algo mais: Sentir-se egoísta por buscar realização pessoal além da maternidade.
Reconhecer esses gatilhos e entender que a culpa é, em grande parte, uma construção social e biológica, e não um reflexo de suas falhas como mãe ou estudante, é fundamental para começar a gerenciá-la.
Alerta Vermelho: Reconhecendo os Sinais de Esgotamento (Burnout)
É fácil confundir o cansaço normal da dupla jornada com algo mais sério: o esgotamento materno e acadêmico, também conhecido como burnout. Ignorar os sinais pode levar a problemas de saúde física e mental mais graves. Fique atenta a estes indicadores:
1.Exaustão Crônica: Sentir-se esgotada na maior parte do tempo, mesmo após dormir. A sensação de que “a bateria nunca recarrega”.
2.Distanciamento Emocional: Sentir-se desconectada dos filhos, dos estudos ou de atividades que antes davam prazer. Uma sensação de apatia ou indiferença.
3.Sentimento de Ineficácia: Acreditar que não importa o quanto se esforce, nunca é suficiente. Perda de confiança nas próprias habilidades como mãe e estudante.
4.Irritabilidade e Impaciência: Reagir de forma desproporcional a pequenas frustrações ou demandas.
5.Dificuldade de Concentração: Problemas para focar nos estudos ou em tarefas simples do dia a dia.
6.Sintomas Físicos: Dores de cabeça frequentes, problemas digestivos, tensão muscular, alterações no sono ou apetite.
7.Perda de Motivação: Falta de interesse ou entusiasmo pelos estudos e até mesmo pelas interações familiares.
8.Isolamento Social: Evitar contato com amigos, familiares ou colegas.
Se você se identifica com vários desses sinais, é crucial buscar apoio. O burnout não é sinal de fraqueza, mas sim de que você está carregando um peso maior do que é humanamente possível suportar sem as ferramentas e o suporte adequados.
Estratégia 1: Redefinindo o Sucesso e Celebrando as Pequenas Vitórias
Em uma rotina tão exigente, é fácil focar no que não foi feito: a louça que ficou na pia, o capítulo que não foi lido, a brincadeira que foi interrompida. Mudar o foco para as realizações, por menores que sejam, é uma estratégia poderosa para combater a culpa e fortalecer a saúde mental.
Como implementar:
•Diário de Realizações: Ao final de cada dia, anote três coisas que você conseguiu realizar, tanto na maternidade quanto nos estudos. Ex: “Consegui ler 5 páginas do livro”, “Ajudei meu filho com a lição de casa com paciência”, “Entreguei o trabalho no prazo”.
•Metas Realistas e Fragmentadas: Em vez de metas grandiosas como “Estudar 4 horas seguidas”, defina metas menores e alcançáveis: “Estudar por 2 blocos de 20 minutos hoje”. Cada meta cumprida é uma vitória.
•Reconheça o Esforço, Não Apenas o Resultado: Celebre o fato de ter sentado para estudar, mesmo que tenha sido interrompida. Valorize a intenção e a disciplina, não apenas a nota final.
•Crie Rituais de Comemoração: Uma pequena recompensa após concluir uma tarefa difícil (um chá quente, 5 minutos de música, uma mensagem para uma amiga) reforça a sensação de dever cumprido.
•Visualize o Progresso: Mantenha um quadro ou planner onde você possa marcar visualmente as tarefas concluídas ou os capítulos estudados. Ver o progresso acumulado é extremamente motivador.
Lembre-se: sucesso para uma mãe estudante não significa perfeição, mas sim progresso consistente e a capacidade de se levantar após os dias difíceis. Cada pequeno passo na direção dos seus objetivos acadêmicos, enquanto cuida da sua família, é uma enorme realização que merece ser celebrada.
Estratégia 2: O Poder da Autocompaixão e a Aceitação da Imperfeição
A autocrítica excessiva é um veneno para a saúde mental da mãe estudante. A autocompaixão, por outro lado, é o antídoto. Trata-se de oferecer a si mesma a mesma gentileza, cuidado e compreensão que você ofereceria a uma amiga querida passando pela mesma situação.
Como implementar:
•Pratique o Diálogo Interno Gentil: Quando a voz da autocrítica surgir (“Você não está fazendo o suficiente!”), responda com compaixão: “Estou fazendo o melhor que posso com os recursos que tenho agora. É normal me sentir sobrecarregada.”
•Reconheça a Humanidade Compartilhada: Lembre-se de que você não está sozinha. Milhares de mães enfrentam desafios semelhantes. Conectar-se com outras mães estudantes (mesmo online) pode validar seus sentimentos e diminuir o isolamento.
•Mindfulness e Aceitação: Observe seus sentimentos (culpa, frustração, cansaço) sem julgamento. Aceitar que esses sentimentos existem não significa concordar com eles, mas sim reconhecê-los como parte da experiência humana, sem deixar que eles te definam.
•Perdoe-se Pelos “Erros”: Não conseguiu estudar hoje? Perdeu a paciência com seu filho? Respire fundo, reconheça o que aconteceu e se perdoe. Amanhã é um novo dia para tentar novamente.
•Liste Suas Qualidades: Em momentos de autocrítica, faça uma lista das suas qualidades como mãe e como estudante. Foque nos seus pontos fortes e nas suas intenções positivas.
A maternidade e os estudos são processos de aprendizado contínuos, cheios de tentativas e erros. Abraçar a imperfeição como parte natural dessa jornada é libertador. Permita-se ser uma “mãe boa o suficiente” e uma “estudante boa o suficiente”, em vez de perseguir um ideal inatingível.
Estratégia 3: A Arte de Dizer “Não” e Estabelecer Limites Saudáveis
Mães estudantes frequentemente se sentem na obrigação de dizer “sim” a tudo e a todos: demandas dos filhos, do parceiro, da família, dos estudos, do trabalho (se houver). Aprender a estabelecer limites claros e comunicar suas necessidades é essencial para proteger sua energia e saúde mental.
Como implementar:
•Identifique Seus Limites: Reflita sobre quanto tempo e energia você realisticamente tem disponível para cada área da sua vida (estudos, família, autocuidado, social).
•Comunique Suas Necessidades: Converse abertamente com seu parceiro, filhos (de acordo com a idade) e rede de apoio sobre seus horários de estudo e a importância de ter momentos de concentração.
•Aprenda a Dizer “Não” (ou “Agora Não”): Recuse educadamente compromissos ou tarefas que sobrecarregariam sua agenda ou comprometeriam seu tempo de estudo ou descanso. Ofereça alternativas quando possível (“Não posso ajudar com isso hoje, mas talvez no fim de semana?”).
•Defina Horários Protegidos: Estabeleça blocos de tempo específicos para estudo que sejam (na medida do possível) inegociáveis. Comunique esses horários à família.
•Limite o Consumo de Informação: Reduza o tempo em redes sociais que podem gerar comparação e ansiedade. Defina horários específicos para checar e-mails ou mensagens relacionadas aos estudos.
•Delegue Tarefas: Identifique tarefas domésticas ou relacionadas aos filhos que podem ser delegadas ao parceiro, filhos mais velhos ou outros membros da rede de apoio.
Estabelecer limites não é egoísmo, mas sim autoproteção e uma forma de garantir que você tenha energia suficiente para cuidar de si mesma, da sua família e dos seus estudos de forma sustentável. É um ato de respeito consigo mesma e com seus objetivos.
Estratégia 4: Autocuidado Realista: Micro-Momentos que Fazem a Diferença
Quando se fala em autocuidado, muitas mães pensam em atividades demoradas como um dia no spa ou um fim de semana fora, o que parece impossível na rotina atual. O verdadeiro autocuidado para mães estudantes reside em incorporar pequenos momentos de recuperação e bem-estar ao longo do dia.
Como implementar:
•Pausas Ativas de 5 Minutos: Entre blocos de estudo ou tarefas, faça uma pausa curta para alongar, respirar fundo, ouvir uma música animada ou simplesmente olhar pela janela.
•Hidratação e Nutrição Consciente: Mantenha uma garrafa de água por perto e faça pequenos lanches nutritivos para manter a energia estável.
•Respiração Profunda: Em momentos de estresse ou sobrecarga, pare por 1 minuto e faça 3-5 respirações profundas e lentas. Isso acalma o sistema nervoso.
•Momentos de Silêncio: Aproveite pequenos intervalos (como esperar o café ficar pronto) para simplesmente ficar em silêncio, sem estímulos.
•Conexão Rápida: Mande uma mensagem curta para uma amiga, abrace seu filho por um minuto extra, troque algumas palavras com seu parceiro. Pequenos momentos de conexão social são vitais.
•Movimento Incorporado: Suba escadas em vez de usar o elevador, faça alguns agachamentos enquanto espera a água ferver. Pequenas doses de movimento liberam endorfinas.
•Sono como Prioridade (na medida do possível): Mesmo que não consiga 8 horas seguidas, tente otimizar a qualidade do sono que você tem, criando um ambiente escuro e silencioso e evitando telas antes de dormir.
O autocuidado não precisa ser grandioso para ser eficaz. Trata-se de reconhecer suas necessidades básicas e encontrar maneiras criativas e realistas de atendê-las em meio à rotina agitada. Esses micro-momentos acumulados têm um impacto significativo na sua resiliência e bem-estar geral.
Estratégia 5: A Força da Tribo: Construindo e Utilizando Sua Rede de Apoio
Nenhuma mãe deveria ter que carregar o peso da maternidade e dos estudos sozinha. Construir e acionar uma rede de apoio sólida é uma das estratégias mais cruciais para a saúde mental.
Como implementar:
•Mapeie Sua Rede Atual: Liste todas as pessoas que poderiam oferecer algum tipo de suporte: parceiro, pais, sogros, irmãos, amigos, vizinhos, outras mães da escola, colegas de estudo.
•Seja Específica ao Pedir Ajuda: Em vez de dizer “Estou sobrecarregada”, peça algo concreto: “Você poderia buscar as crianças na escola na terça-feira para eu poder estudar para a prova?” ou “Preciso de 1 hora de silêncio no sábado de manhã, você pode ficar com as crianças?”
•Crie um Grupo de Apoio de Mães Estudantes: Conecte-se com outras mulheres na mesma situação (online ou presencialmente). Compartilhar experiências, desafios e dicas é extremamente validador e fortalecedor.
•Ofereça Ajuda Também: A rede de apoio é uma via de mão dupla. Ofereça ajuda quando puder, fortalecendo os laços de reciprocidade.
•Explore Recursos Comunitários: Verifique se há creches comunitárias, grupos de apoio em centros de saúde ou programas universitários de suporte a pais estudantes.
•Não Tenha Medo de Pagar por Ajuda (se possível): Contratar alguém para ajudar com a limpeza algumas horas por semana ou um estudante para auxiliar com as crianças pode ser um investimento valioso na sua saúde mental e sucesso acadêmico.
Lembre-se: pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de inteligência e autoconsciência. Sua “tribo” pode ser a diferença entre apenas sobreviver e realmente prosperar nessa fase da vida.
Estratégia 6: Quando Procurar Ajuda Profissional: Um Sinal de Força
Apesar de todas as estratégias e do apoio da sua rede, pode haver momentos em que a carga emocional se torna pesada demais para gerenciar sozinha. Buscar ajuda profissional de um psicólogo, terapeuta ou conselheiro não é um último recurso, mas sim uma ferramenta poderosa e proativa para cuidar da sua saúde mental.
Sinais de que pode ser hora de buscar ajuda:
•Sentimentos persistentes de tristeza, ansiedade ou desesperança.
•Dificuldade extrema de concentração que impacta significativamente seus estudos e rotina.
•Alterações drásticas no sono ou apetite.
•Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas.
•Pensamentos recorrentes de inadequação ou fracasso.
•Dificuldade em lidar com a raiva ou irritabilidade.
•Isolamento social extremo.
•Sintomas de burnout que não melhoram com as estratégias de autocuidado.
Como encontrar ajuda:
•Serviços de Aconselhamento Universitário: Muitas universidades oferecem serviços de apoio psicológico gratuitos ou de baixo custo para estudantes.
•Planos de Saúde: Verifique a cobertura do seu plano para sessões de psicoterapia.
•Clínicas-Escola de Psicologia: Faculdades de psicologia costumam oferecer atendimento à comunidade a preços acessíveis.
•Plataformas de Terapia Online: Existem diversas plataformas que conectam pacientes a psicólogos para sessões virtuais, oferecendo flexibilidade de horário.
•Indicações: Peça indicações a amigos, familiares ou médicos de confiança.
A psicoterapia oferece um espaço seguro e confidencial para explorar seus sentimentos, desenvolver estratégias de enfrentamento personalizadas e fortalecer sua resiliência emocional. É um investimento em você mesma que trará benefícios para todas as áreas da sua vida.
Integrando Estudos e Maternidade com Atenção Plena (Mindfulness)
Além das estratégias específicas, cultivar uma abordagem de atenção plena (mindfulness) no dia a dia pode ajudar a reduzir o estresse e aumentar a apreciação pelos momentos presentes, tanto nos estudos quanto na maternidade.
•Transições Conscientes: Ao mudar do papel de estudante para o de mãe (ou vice-versa), faça uma pausa de 1 minuto para respirar fundo e intencionalmente “trocar de chapéu”.
•Estudo Focado: Quando estiver estudando, tente manter sua atenção plena na tarefa, observando quando a mente divaga e gentilmente trazendo-a de volta.
•Maternidade Presente: Quando estiver com seus filhos, tente estar totalmente presente, ouvindo ativamente, observando seus rostos, sentindo seus abraços, sem pensar nos estudos.
•Aceitação do Momento: Pratique aceitar cada momento como ele é, sem lutar contra a realidade das interrupções ou do cansaço. Isso não significa resignação, mas sim reduzir o sofrimento adicional causado pela resistência.
•Gratidão Diária: Reserve um momento do dia para pensar em 1-3 coisas pelas quais você é grata, relacionadas tanto à sua jornada de mãe quanto de estudante.
A atenção plena não elimina os desafios, mas muda a forma como você se relaciona com eles, trazendo mais calma, clareza e resiliência para sua rotina.
Conclusão: Você é Suficiente, Você é Capaz
Equilibrar a maternidade e os estudos é, sem dúvida, uma das tarefas mais complexas e exigentes que uma mulher pode enfrentar. A culpa, a sobrecarga e as dúvidas são companheiras frequentes nessa jornada. No entanto, é fundamental lembrar que você não está sozinha e que existem estratégias eficazes para navegar por esses desafios e cuidar da sua saúde mental.
Desconstruir o mito da Supermãe, praticar a autocompaixão, estabelecer limites, priorizar micro-momentos de autocuidado, construir uma rede de apoio e buscar ajuda profissional quando necessário não são sinais de fraqueza, mas sim de imensa força e sabedoria. Redefinir o sucesso, celebrando cada pequena realização, transforma a perspectiva e alimenta a motivação.
Lembre-se das palavras da psicóloga Aline Agustinho da Silva: “Aceitar a própria humanidade é um caminho mais coerente e saudável.” Permita-se ser humana, com dias bons e ruins, com acertos e aprendizados. Sua jornada como mãe estudante é única e valiosa, e cada passo que você dá em direção aos seus objetivos, enquanto nutre sua família e cuida de si mesma, é uma prova da sua incrível resiliência e determinação.
Você é suficiente. Você é capaz. E você merece encontrar equilíbrio e bem-estar nessa fase transformadora da sua vida.
Qual estratégia você sente que mais precisa implementar agora? Compartilhe sua experiência nos comentários abaixo. Sua história pode inspirar e ajudar outras mães estudantes!
Este artigo foi elaborado com base em pesquisas sobre saúde mental materna, psicologia comportamental e entrevistas com especialistas, buscando oferecer um conteúdo acolhedor e baseado em evidências.
Referências:
•Pesquisa De Mãe em Mãe (Brasil)
•Entrevista com Aline Agustinho da Silva, Mestra em Psicologia, UNICEPLAC (Maio 2025)
•Artigos sobre autocuidado e rede de apoio (Eufemea, Vida Simples)
•Estudos sobre o impacto da sobrecarga materna na saúde mental (Dspace Doctum, Scielo)